segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O LEITOR RUSSO

Sei que deveria escrever mais.
Sempre que converso com algum amigo que lê o que escrevo, sou surpreendida com a mesma pergunta: mas você não vai mais escrever?
Surpreendida sim é a palavra exata, pois até hoje me admiro que alguém leia o que eu escrevo. E podem falar o que quiserem, baixa auto-estima, ausência de valorização do meu ser, falta de olhômero de mim para mim mesma... Podem falar! Eu acho que é realmente admirável que alguém leia o que eu escrevo.
Por esse motivo - o da admiração - tenho que prestar a minha reverência ao meu (ou à minha) leitor (leitora) russo (a)!
Já faz um tempo que acompanho as estatísticas deste blog e observo sempre aqueles gatos pingados, mas ferrenhos!, que me lêem de vez em quando. São gatos pingados anônimos, visto que o programa de estatísticas não informa nome e sobrenome de quem me acessa, mas estão lá! Sempre lá, ocasionalmente.
Ocorre que já há algum tempo tenho visualizado um leito russo. Sempre ele, da mesma região, acessando pontualmente, demorando-se nas páginas, realmente curtindo o blog.
Fico imaginando que nos dias de hoje, com o google translator, deve ser fácil para ele me ler, muito embora ele não consiga me entender pelo uso maneirismos, costumes e muitas vezes algumas gírias que tornam estas leituras bastante locais. Mas não importa! Ele está lá, ou aqui, já não sei mais... 
E tenho mesmo um feeling de que este cara não fala o português. Na minha concepção romântica, este leitor é genuinamente russo. De outra forma, que graça teria? Né?
Ou vocês acham que a ferramenta de estatítica iria me iludir, dizendo que tenho um leitor russo falso? Se a estatística se dá ao trabalho de anunciar um leitor russo, então ele deve ser um verdadeiro, original, quem sabe talvez até uma matrioska!... quem sabe? 
E já que tocamos neste assunto, aí vai a minha definição de matrioska. Sempre quis escrever sobre isso!
Matrioska: boneca em forma de pessoa que se abre em duas partes através de um vasto corte semicircular no abdome, deixando sair uma cópia igualzinha a ela e que provavelmente contém mais cópias idênticas e menores dentro do seu próprio abdome, o que não impede a figura maior de se regenerar imediatamente, com ou sem bonecas de abdomes fendidos em seu interior! Putz, agora sim uma definição exata de matrioska! E só pra acrescentar, além da função lúdica e instrutiva da matrioska, devo prestar aqui o meu mais profundo respeito pela parte bárbara e cruel deste divertimento que resistiu a tantos anos de sofrimento pelas aberturas abdominais e pela recontrução incorreta e degradante praticada por algumas crianças, provocando um sentimento de profunda humilhação - para a boneca em questão. Praticamente um brinquedo de terror.
E para terminar volto ao meu desejo inicial que era o de então agradecer ao meu leitor, o russo:
Obrigada Delanovsky!!!