quinta-feira, 22 de agosto de 2013

NA BALADA

Há algum tempo fui numa balada com 2 amigos. Mas não era uma balada qualquer. Nós 3 estávamos na fossa, chateados, querendo muita diversão para afogar as mágoas.
Minha amiga sumiu logo de cara. Só a vimos 3 dias depois, muito feliz e recuperada. Nunca soubemos por onde ela andou.
Meu amigo como um cara "brilhante" que era, resolveu sair na balada com uma algema - dessas de sex shop - para o caso de encontrar uma garotinha bonitinha, se algemar nela e fazer uma graça. O problema foi que a primeira gatinha que ele avistou E se algemou, tinha um namorado que parecia um armário desses 3 portas da Casas Bahia. E depois que ele viu a namoradinha algemada a um estranho, parecia um container alaranjado, de tão grande e tão vermelho de raiva. Eu só vi quando ele se aproximou do meu amigo e disse, o mais contido que pôde: "Tira aê". Meu amigo, claro, muito nervoso, não conseguia achar sequer as chaves das algemas e foi inutilmente se afastando da menina que continuava presa a ele, se afastando junto, com o namorado de braços cruzados gritando: "Tira aê". No auge do desespero meu quase morto amigo gritou para mim, que estava olhando tudo aquilo esperando o pior: "Fala que vc é minha irmã e que eu tenho problema mental". Bom, não falei, abandonei o barco, e fui para o bar encher a cara.
Meu amigo só apareceu para trabalhar depois de alguns dias mas sem nenhum hematoma. Por respeito, nunca perguntamos o que aconteceu...
Eu, por minha vez, fui encher a cara e lá pelas tantas da madrugada resolvi ficar amiga do DJ da balada. O cara estava colocando umas músicas da moda e eu já de porre fui solicitar insistentemente para que ele colocasse uma música da Gretchen. Falei como era animada, que o povo ia gostar... e eu acho que o DJ foi com a minha cara porque ele disse: "Olha, vc fica aqui do lado que eu gostei de vc. A Gretchen não faz parte do meu repertório, mas como vc é boninitinha, vou colocar a música dela pra vc ouvir. Vai tocar daqui 3 músicas!".
Aí fiquei quietinha, perto da mesa de som, esperando a minha música.
Como o local estava muito cheio de gente, me afastei um pouco, mas fiquei olhando para o DJ na espera da música da Gretchen.
Ao final da 3a. música eu olho para o DJ e nos primeiros acordes de Freak Le Boom Boom, o DJ animadíssimo me faz gestos com as mão, apontando na minha direção e gritando algo incompreensível. Eu, então, olho para trás e vejo uma pequena mesa, com muita gente em volta, onde estava rolando um aniversário. A mesa baixa, com as pessoas sentadas em sofás em torno dela e muitos presentes espalhados em cima. Olho de novo para o DJ que gritava algo que eu não conseguia ouvir e me gesticulava alegremente.
Aí não tive dúvidas. Meu porre e minha alegria de ouvir a Gretchen imediatamente me fizeram entender que era pra eu subir E dançar em cima da mesa... SUBI. Empurrei os presentes com os pés e dancei a minha melhor performance da Gretchen diante de uns 40 convidados estupefatos e do resto da boate que parou para ver a cena.
Bom, a música acabou, eu fui extremamente aplaudida, e quando eu me preparava para dançar a próxima, embalada pela meteórica fama, veio um segurança e falou que era proibido dançar em cima da mesa. O desgraçado do segurança esperou acabar a música para me dizer isso! Por que não veio me tirar antes???
Saí da mesa aplaudida, tentando manter a minha dignidade, e no final da noite já estava amiga de todo mundo: seguranças, garçons, DJ, todo mundo.
Como lembrança daquela noite, carrego comigo o fato de nunca mais precisar pagar para entrar naquela balada, na época uma das melhores de São Paulo! Foi fenomenal. Eu chegava no horário de pico e entrava pela porta vip já cumprimentando todo mundo.
E no fim das contas consegui saber o que o DJ tanto me gritava agitando os braços. Ele só estava dizendo: "Essa é pra você! PRA VOCÊ!!!"

segunda-feira, 22 de julho de 2013

MÉDICOS CUBANOS

Todo mundo está dando a sua opinião sobre a questão médica no Brasil.
Muitos já se manifestaram nas ruas, muitos soltaram as vozes nas redes sociais e eu mesma já me pronunciei para amigos e conhecidos, nas rodas de almoços e corredores dos hospitais e consultórios em que trabalho.
Acho que não preciso falar o que todo mundo sabe. Se não houver melhora das condições estruturais, que dêem ao médico e ao paciente um mínimo de dignidade no exercício de suas funções, não adianta contratar médico! O médico não é milagreiro. Como se salva vidas com garfo e faca? Sem laboratórios, sem material cirúrgico, sem comida, sem dinheiro??? E nesse caso, deve ser garfo e faca de plástico para comer o marmitex do governo destinado aos coitados que toparem a empreitada, sejam eles, recém-formados, brasileiros, cubanos ou pais de santo.
O fato é que hoje mesmo, conversando com um amigo médico, chegamos a uma brilhante conclusão! Tendo em vista toda a dificuldade técnica inerente ao desenvolvimento do trabalho médico tanto nos grandes centros quanto nos confins, realizamos que a Dilma - ilustríssima figura presidencial - se enganou quando disse "médicos". Por algumas letras, ela queria dizer na verdade "médiuns"!
Ela disse: "Vamos contratar 10,4 mil MÉDIUNS!!!"
A gente é que entendeu errado!
E a idéia é genial! Não precisa melhora a infra-estrutura e sai até mais em conta, visto que a maioria trabalha no voluntariado.
Quero expressar o meu parabéns à nossa presidenta e à toda equipe do governo! 
Adorei!!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

UM ÍNDIO

Comprei um carro novo.
Todo mundo que já comprou um carro novo conhece esta sensação. O carro pode ser até usado, semi-novo, ou velho mesmo, mas pra mim ele é novo. Eu nunca tinha tido esse carro antes, então ele é novo e pronto.
E nada melhor pra testar os limites do nosso carro novo do que o bom e velho manobrista!
Coisas que temos receio de fazer, manobras ousadas e arriscadas, amassadinhas na lataria ou pequenos risquinhos na pintura não intimidam o destemido "Índio"!
Com todo o respeito ao Caetano e ao seu "Índio", reiterando o meu respeito a toda esta nação maravilhosa, não pude deixar de atribuir a seu Antônio (claro que o nome é fictício, mas caberia perfeitamente em casos variados) o honorário título do "Índio".
Estava eu tranquila e contente aguardando meu carro numa garagem de subsolo do meu local de trabalho quando ele surge... imponente, magnífico, igualzinho o da canção:

"Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América..."


Às vezes essa realidade pode não ser tão divertida, quando a estrela colorida e brilhante é o seu carro novo, e a velocidade estonteante com que ele desce a rampa do subsolo faz você duvidar se comprou um carro ou uma estrela cadente (bem cadente!), e quando você consegue focar o objeto incandescente, fica em dúvida se o seu carro não se incendiou...
E de fato, por fim, ele pousa no hemisfério sul, na América, bem lá no centro de São Paulo, na minha frente, na garagem. Tirando os devidos aborrecimentos... não é magnífico?!
Ninguém me contou não, eu vi!!
E quando alguém gritar pro Índio trazer o seu carro, lembre-se de Caetano, esse visionário.

terça-feira, 16 de abril de 2013

UMA PEQUENA HOMENAGEM

Uma pequena homenagem a mim mesma.
Já que apaguei do meu perfil este poema que há 4 anos estampa a minha imagem, transcrevo-o aqui para que não o perca de vista.
Qualquer dia ele - o poema - volta ao perfil. Aí vai:

"De manhã escureço/
De dia tardo/
De tarde anoiteço/
De noite ardo."

sexta-feira, 29 de março de 2013

INSTITUIÇÕES DE MERDA

Hoje a insônia me pegou de jeito.
Aproveitarei então para externar algumas indignações.
Por exemplo, nas três últimas semanas venho travando verdadeiras batalhas contra certas injustiças que acredito, venho sofrendo. 
Uma delas é o chamado SAC - serviço de atendimento ao cliente. Pra que serve???
Nas últimas semanas resolvi testar o fale conosco de algumas empresas, como o Bourbon Street Music Club, a Editora Planeta, o Aquário de São Paulo e o Zoológico de São Paulo.
Com o perdão da palavra, mas puta que o pariu!, se os caras não vão responder, por que colocam lá no site o tal "fale conosco"? Só pode ser pra fazer a gente de idiota. Tem lá um campo onde você coloca sugestões ou críticas ou dúvidas ou requisições de serviços, com uma caixa para você escrever e tudo. Depois de escrita e enviada, aparece lá uma mensagem dizendo que a sua mensagem foi devidamente enviada e após tudo isso, você pode esquecer completamente que os caras existem porque eles estão cagando pra você. Esta é a verdade.
Você não é ninguém! Você só interessa quando compra e consome os produtos destes merdas. Na hora de você falar, imagina se eles querem ouvir o que você tem a dizer? Imagina?! Pra eles, todos eles, genericamente falando mesmo, você só é importante na hora em que precisam vender mais ou arrecadar mais. Aí eles te enchem de mimos, promoções, o caralho a quatro.
Por exemplo, a Editora Planeta. Recentemente li um livro maravilhoso do Javier Moro - O Império É Você, publicado por esta editora mas cheio de erros de revisão e de tradução, que imagino realizadas sem o mínimo cuidado com o leitor. O livro em questão foi muito bem conceituado, ficando na lista dos mais vendidos, de modo que não consigo imaginar como um texto cheio de frases desconexas, com palavras repetidas pode ter feito tanto sucesso. Todo o gosto pela leitura saborosa e genial do Javier Moro se perde na edição medíocre que o livro ganhou aqui no Brasil. Pois bem, escrevi para a Editora Planeta e adivinhem o que recebi em resposta? O mais sepulcral e límpido silêncio! Nem um "obrigado por sua crítica/ sugestão, estamos trabalhando para agradar o cliente". NADA! Os caras vendem o livro se apoiando na genialidade do nome do autor que vende por si só. Coitados de nós que lemos esta merda de edição!
Já o Bourbon Street me provoca nojo de pronunciar o seu nome. Uma rua tão bacana, cheia de histórias, numa cidade fantástica como New Orleans, transformada numa merda de bar que não dá a mínima para o que seus clientes pensam ou deixam de pensar. Escrevi no "fale com as nossas paredes" do site deste bar, como amante de boa música que sou, perguntando sobre a possibilidade de ver aqui o que vi em New Orleans no início do ano. E sabem o que recebi em resposta? Isso mesmo: NADA! Nem um "muito obrigada pelo contato, mas gostaríamos que a srta fosse para o inferno com suas sugestões". Nada! Acredito que a mensagem que recebi dizendo que minha sugestão foi enviada, foi apenas protocolar, visto que os caras tão pouco se fodendo para os clientes.
O Aquário de São Paulo e o Zoológico por sua vez, foram contactados por mim a respeito das visitas noturnas a estas instituições, visita à qual prometi levar meus sobrinhos. As crianças estavam comigo quando mandei o email. Assim que enviei e recebi a resposta "sua mensagem foi enviada com sucesso", foi uma alegria geral lá em casa. Sabe como é criança né? Eles já estavam crentes que o envio da mensagem garantia a nossa visita noturna, em tom de completa aventura, aguardada e ansiada pela garotada. Graças a Deus eles até esqueceram o assunto, porque se depender destas instituições, vamos morrer sem receber uma resposta sequer. Os caras não são capazes de responder nem pra falar que NÃO DÁ pra ir na porra do Aquário a noite. 
Ano passado quando fui para Roma, escrevi para o Vaticano para indagar sobre as visitas noturnas à Capela Sistina e adivinhem só??? Eles me responderam!!! Não é incrível?! E me responderam de pronto. Infelizmente não consegui agendar a tal visita, mas ELES ME RESPONDERAM!
A minha conclusão é que este descaso, como tudo de ruim no que se refere a algum ato de consideração com o consumidor aqui no Brasil, só pode cultural!

CARTINHA ESCRITA NA FILA DO INSS

Caro político,
Gostaria que o sr cancelasse um dia de trabalho e viesse ao INSS, retirasse a sua senha de atendimento no guichê e se sentasse aqui, junto com os seus eleitores, para aguardar pacientemente a sua vez de ser atendido.
Depois disso, por favor faça um relato da sua experiência para compartilhar conosco a sua opinião sobre este maravilhoso serviço de merda oferecido à população.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

COMPORTAMENTO CANINO

Então é isso que eu acho interessante, entre tantas outras coisas relativas aos cachorros.
Vou explicar...
Não é novidade para ninguém o quanto eu gosto de cachorros - o bicho (que fique bem claro).
Invariavelmente os cachorros são os temas principais das minhas conversas. Quando não falo sobre cachorros é só esperar um pouquinho porque obviamente eu vou falar.
Pensar em cachorros também é um hobby. Penso nos meus, nos dos outros, nos que não são de ninguém. E penso o tempo todo.
E hoje no trabalho não foi diferente. Conversando com um colega, contamos vários "causos" divertidos, rimos e nos emocionamos. E depois de uma tarde toda, ele acabou me contando que seu cachorro havia sumido. Um poodle, pequenininho. Deixaram a porta aberta...
Fiquei imediatamente emotiva. Ninguém mais achou o bichinho, apesar dos apelos pela vizinhança.
Só quem gosta de cachorros é que vai entender o sentimento contido nesta breve conversa.
E logo depois ele me contou que os cachorros da sua cunhada também haviam sumido. Desta vez eram 3 cachorros, todos de raça, lindos. Sairam pelo portão negligentemente deixado entreaberto. Mas este segundo episódio teve um final feliz: alguns dias depois de sumidos eles retornaram. Os três! Sujos, mas muito felizes, fazendo festa e abanando seus rabinhos como se tivessem cumprido uma missão. Retornaram e entraram em casa como se dali nunca tivessem saído.
Aí eu fiquei pensando... se os cachorros tem tudo, amor, carinho, COMIDA! Por que fogem? Por que saem pelos portões abertos e simplesmente evaporam? E mais uma pergunta: PRA ONDE ELES VÃO COM TANTA DETERMINAÇÃO?
É claro que os planos dos cachorros também podem ser frustrados. Acidentes acontecem, eles podem morrer atropelados na sua determinação, no seu caminho. Podem também ser abduzidos, como aconteceu uma vez com minha primeira cachorrinha, a Edna. Uma boxer linda, enorme e boazinha.
Ficou completamente desaparecida por alguns dias até que a descobrimos no quintal de uma casa vizinha a nossa, algumas quadras distantes. Quando reclamamos o cachorro, o dono da casa disse que agora o cachorro era dele pois ele a havia achado na rua. Bom, até aí ele não estava de todo errado...
Mas me lembro bem do desfecho desta história, quando numa madrugada quente de verão, meu pai veio ao nosso quarto - na época eu dormia no mesmo quarto com minhas irmãs - e munido de uma determinação ferrenha disse: "vamos buscar a Edna!".
Eu tinha 8 anos! Minhas irmãs menores ainda! E saímos, todo o nosso núcleo familiar - mãe, pai e filhas - para resgatar a Edna.
Chegamos na frente da casa do vizinho e obviamente precisamos primeiro acordar a Edna, que veio sonolenta mas feliz ao nosso encontro. E num rápido movimento, meu pai pulou o muro - que estava sendo vigiado justamente adivinha por quem?! - pegou a Edna, passou para minha mãe que a segurou do outro lado do portão, e após muita festa entre crianças e cachorros, voltamos para nossa casa na calada da noite. A família toda reunida outra vez!
Me lembro bem que esta boxer era extremamente agressiva quando estava vigiando o nosso portão. Ela latia e se jogava contra o portão dando impressão que iria comer vivo quem se aproximasse da nossa casa. Muito tempo depois compreendi que ela se jogava contra o portão porque ela queria mesmo era sair! Para a rua. Para fazer não sei o que e depois voltar - se ninguém a sequestrasse.
Uma outra ocasião ela foi abduzida por um garotinho em farrapos que colocou uma cordinha em torno do pescoço da Edna e a estava levando - também não sei para onde. Sem contar da vez que ela foi atropelada e quase morreu. Voltou para casa muito machucada, mas também, depois dessa nunca mais fugiu. Acho que depois do atropelamento, ela foi liberada dos chamados divinos.
Lembro com muito carinho da Edna, minha primeira cachorra. Se ela estivesse viva hoje, teria uns 35 anos. Este ano acendi uma velinha no dia do seu aniversário - 28 de janeiro. Eu sempre penso que quando a gente se lembra, a alma continua viva.
Bom, mas eu não sei mesmo para onde eles vão com tanta determinação. Às vezes penso que eles respondem mesmo a algum tipo de chamado celestial, que têm realmente uma missão. Eles são tão ingênuos, tão inocentes, que seguem firme o seu propósito sem ligar para os perigos do mundo.
Vocês já viram cahorro quando foge? Já repararam que eles parecem saber exatamente para onde estão indo? Tudo bem que eles nem sempre sabem voltar, mas ir, eles vão sem pestanejar.
É claro que existem os que não gostam de sair sozinhos, como minha cachorra Vynna. Tenho uma conexão expiritual com ela e tenho certeza de que ela não foge porque tem medo que fechem a porta e ela não consiga entrar quando voltar. A gente adora ela, mas eu acho que ela pensa isso... é, deve ser isso mesmo. Outra coisa que ela não faz mais é passear com gente que ela não conhece direito, o que me faz passear com ela sempre que posso pois de outro modo ela prefere permanecer em casa. Vai entender.
Na minha opinião sincera ela já cumpriu a sua missão em outra vida, já respondeu a muitos chamados espirituais para fugir e retornar e desta vez está usando esta vida para outros propósitos como, por exemplo, estudar o comportamento humano...
Quem sabe não será esta a evolução natural da espécie...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O LEITOR RUSSO

Sei que deveria escrever mais.
Sempre que converso com algum amigo que lê o que escrevo, sou surpreendida com a mesma pergunta: mas você não vai mais escrever?
Surpreendida sim é a palavra exata, pois até hoje me admiro que alguém leia o que eu escrevo. E podem falar o que quiserem, baixa auto-estima, ausência de valorização do meu ser, falta de olhômero de mim para mim mesma... Podem falar! Eu acho que é realmente admirável que alguém leia o que eu escrevo.
Por esse motivo - o da admiração - tenho que prestar a minha reverência ao meu (ou à minha) leitor (leitora) russo (a)!
Já faz um tempo que acompanho as estatísticas deste blog e observo sempre aqueles gatos pingados, mas ferrenhos!, que me lêem de vez em quando. São gatos pingados anônimos, visto que o programa de estatísticas não informa nome e sobrenome de quem me acessa, mas estão lá! Sempre lá, ocasionalmente.
Ocorre que já há algum tempo tenho visualizado um leito russo. Sempre ele, da mesma região, acessando pontualmente, demorando-se nas páginas, realmente curtindo o blog.
Fico imaginando que nos dias de hoje, com o google translator, deve ser fácil para ele me ler, muito embora ele não consiga me entender pelo uso maneirismos, costumes e muitas vezes algumas gírias que tornam estas leituras bastante locais. Mas não importa! Ele está lá, ou aqui, já não sei mais... 
E tenho mesmo um feeling de que este cara não fala o português. Na minha concepção romântica, este leitor é genuinamente russo. De outra forma, que graça teria? Né?
Ou vocês acham que a ferramenta de estatítica iria me iludir, dizendo que tenho um leitor russo falso? Se a estatística se dá ao trabalho de anunciar um leitor russo, então ele deve ser um verdadeiro, original, quem sabe talvez até uma matrioska!... quem sabe? 
E já que tocamos neste assunto, aí vai a minha definição de matrioska. Sempre quis escrever sobre isso!
Matrioska: boneca em forma de pessoa que se abre em duas partes através de um vasto corte semicircular no abdome, deixando sair uma cópia igualzinha a ela e que provavelmente contém mais cópias idênticas e menores dentro do seu próprio abdome, o que não impede a figura maior de se regenerar imediatamente, com ou sem bonecas de abdomes fendidos em seu interior! Putz, agora sim uma definição exata de matrioska! E só pra acrescentar, além da função lúdica e instrutiva da matrioska, devo prestar aqui o meu mais profundo respeito pela parte bárbara e cruel deste divertimento que resistiu a tantos anos de sofrimento pelas aberturas abdominais e pela recontrução incorreta e degradante praticada por algumas crianças, provocando um sentimento de profunda humilhação - para a boneca em questão. Praticamente um brinquedo de terror.
E para terminar volto ao meu desejo inicial que era o de então agradecer ao meu leitor, o russo:
Obrigada Delanovsky!!!