domingo, 15 de janeiro de 2012

Duas mulheres e o mesmo homem

Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada." podemos verificar na expressão de Adão quando surge a figura de Eva, nos primórdios.
Teria existido outra criatura? Uma que não poderia ser dependente ou submissa porque não teria sido criada a partir de sua própria substância? A mitologia, ou o folclore medieval, nos conta que Lilith teria sido a primeira mulher criada pelo Todo-Poderoso junto com o aparecimento do primeiro homem, Adão, e que esta teria abandonado o paraíso original devido a uma querela sobre igualdade de sexos. Outros afirmam, ainda, que Lilith teria se recusado a se posicionar embaixo durante o intercurso.
Não precisou de mais nada para que fosse banida. Traduzida como um demônio, um ser noturno, das trevas. Outros ainda explicam que posteriormente Lilith se encontrou com Caim, já expulso do paraíso, e teria se unido a ele. Belo gesto, o filho fratricida de seu ex-amante. Muitas histórias, muita lenda cerca esta primeira mulher. Todas de um profundo mau-gosto e, não estando aqui para apelar ao politicamente correto, venho tentar fazer justiça às mulheres.
De volta ao princípio, foi criada a Eva e a servidão. Servil!? Eva foi a mulher responsável pela desgraça da humanidade. Provou do fruto proibido, seria a sabedoria? Houvera sido Adão e a história seria bem diferente. Lembremo-nos que a Sabedoria, segundo a Sagrada Escritura, é o feminino que emana D’Ele.
Eva não era pecadora, não era louca nem santa, era uma falsa submissa, daquelas que provavelmente, nos dias atuais, manipularia o espertíssimo Adão com doçura e longos cabelos ao vento. Lilith, a divorciada, ainda é o perigo.

domingo, 8 de janeiro de 2012

MEU PRIMEIRO CELULAR

Outro dia estava pensando no meu primeiro celular...
E uma das primeiras pessoas para quem telefonei na época foi meu amigo Raul. Uma época em que o celular, artigo para poucos, era visto até mesmo como sinônimo de bom status social.
Meu primeiro celular foi adquirido alguns passos mais moderno do que aqueles velhos trambolhões que nos impeliam a atender praticando yoga, e ficando nas mais variadas posições para que o sinal chegasse. Uma vez vi uma pessoa com a cabeça entre as próprias pernas e segurando o celular na orelha esquerda, mas com a mão direita, batendo o maior papo num moto contínuo, como se esta posição fosse a mais confortável do mundo. 
Enfim, pulei essa fase da evolução deste magnífico aparelho.
Mas como ia dizendo, com meu amigo Raul foi uma das primeiras conversas telefônicas de que me lembro, com a autonomia de meu próprio aparelho. A única inconveniência, na época, era o fato de que um falava e o outro ouvia, bug que até hoje não foi resolvido na transmissão celular.
Assim como na transmissão por rádio, não podemos falar ao mesmo tempo. Até hoje! O que não ocorre no telefone convencional. Outro dia estava conversando com um amigo e ele falava sem parar, sem me dar brechas para comentar, e eu adoro comentar!
Mas o que mais me incomoda mesmo, e na época me lembro de ter falado isso ao Raul já na nossa primeira conversa, é o fato de não podermos rir juntos! E me lembro como se fosse hoje de meu amigo me dizendo: pode rir porque eu também estou rindo! E assim, rimos juntos por celular, um déficit eletrônico que ninguém mais repara hoje em dia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Escrevivendo...

Escrevo por prazer. Não se trata de vaidade, mas claro que todos gostamos quando somos compreendidos e mais, elogiados. Compartilhar experiências, então...
Ocorre, no entanto, que às vezes sou flagrada por minha amiga consciência (nem sei se gosto dela), aquela que gosta de torturar. Como você teve coragem de pensar numa coisa dessas, e se alguém fica sabendo? Você escreveu isso?
Pois é, cara consciência, eis que sou politicamente incorreta, adoro provocações e não suporto reacionários... uma vez estava lendo um livro da notável Rosa Montero, e ao comentar com determinada pessoa, fui chamada de quase-herética. De outra feita, escrevi num outro blog que abominava este sistema de cotas para afro descendentes. Bem, fui bombardeada por uma afro descendente que provavelmente assina com a digital.
Às vezes acho que sou instada a semear discórdia , mas em minha defesa, alego que gosto de fazer justiça. Ora, alguém ainda acredita que Maria Antonieta proferiu mesmo a frase que culminou com a guilhotina?
Vejamos. Maria Antonieta era austríaca, da casa de Habsburgo, filha da respeitadíssima Maria Tereza de Áustria, a imperatriz, não uma mera consorte. Educada por natureza, casada aos 14 anos e rainha esta, sim, consorte aos 18, tendo dado à luz primeiro uma garotinha, Maria Antonieta não poderia mesmo ser bem sucedida em território xenófobo.
Bem, franceses xenófobos, gordinhas cara de pau, brasileiros pouco honestos, ataque ao sexismo (deixo claro que não gosto de machismo... nem de feminismo!) Adoro!
Até a próxima!