domingo, 27 de novembro de 2011

A CICLOVIA DE MOEMA

E novamente aqui estou nesta madrugada de sábado, totalmente desperta!
Como isto já não é nenhuma novidade, pensei em descrever a minha semana, recheada de particularidades. Por exemplo, 5a feira... 
Agora, nas 5as feiras trabalho num magnífico bairro desta ilustre cidade. Um bairro chique, um bairro bom. E como é do meu feitio, imediatamente criei algumas rotinas, sendo a mais agradável delas, o almoço com a minha prima (aquela dos dentes em http://depoiseagora.blogspot.com/2011/10/palavrinha-com-dus.html), que também trabalha por lá. 
Saio do consultório apressadamente na hora do almoço e nos encontramos para alguns minutos de conversa. Adoro isso!
Pois bem, qual não foi a minha surpresa quando ao pegá-la no seu local de trabalho, encostei meu carro junto ao meio fio e, preocupadíssima ela veio até a janela já falando: "vamos logo embora antes que você tome uma multa". 
Olhei pra um lado, depois lentamente para o outro (lado) e sinceramente não reparei em nada de diferente... foi aí que ela me apontou: uma ciclovia! Puta que o pariu! Construiram uma ciclovia junto ao meio fio! E aí comecei a reparar: os carros estacionados no meio da rua, deixando livre o espaço para a ciclovia... um cenário de ficção científica, onde os carros pareciam flutuar no meio da avenida, sem motoristas, pois estavam estacionados!  
Só para explicar melhor: o lugar em que minha prima trabalha, assim como 99% dos estabelecimentos comerciais deste ilustre bairro, funciona em um antigo sobrado, com garagens próprias para clientes. E tenho de confessar que eu mesma não vislumbrei nem a possibilidade de uma ciclovia neste local quando embiquei o carro no estacionamento para apanhá-la. Foi aí que enxerguei que os ciclistas deste bairro deveriam andar com a carteirinha do respectivo convênio médico grudada na testa, o que evitaria uma série de outros transtornos maiores.
Tenho mais coisas pra contar, mas deixo esta para refletir no momento.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pedal do Meio

Nada como duas horas no trânsito.

Suficientes para sentir os 32,5ºC como se fossem vinte, depois quarenta, depois molhados.

Nada como tirar a sandália e não tirar os olhos do meu retrovisor com medo de se repetir a mesma cena de assalto (se bem que já tenho um celular reserva em um dos porta-copos).

"Vou deixar a janela meio aberta mesmo". E agradecer o pote de mil mentos que comprei só porque cabe certinho no meu outro porta-copos ocioso e também como previdência para um belo trânsito sextafeiral.

Li o final do conto do Veríssimo, vi se minhas unhas já secaram, buzinei, estressei, odiei e fechei a janela quando parei do lado do boteco (não daqueles sujos dos quais eu, imunizadamente, amo tomar café no copo americano) de aparência e clientes asquerosos.

Eu tinha que ficar na faixa da esquerda rápido...não por nada, só pra gritar "Goiabaaa!!".

E eu comprei a inflacionada e mais deliciosa transgênica goiaba vermelha do mundo dos faróis!

Dai tudo ficou bonito mesmo. Meu ipod descobriu que não pode tocar Kitaro depois de tocar Roulette Dares, minha maquiagem se descobriu derretida e a chuva choveu, parou e brisou um vento digno de correr o risco com as duas janelas abertas e de aumentar o som e jogar o braço pra fora e sentir algumas gotas persistentes.

E assim eu me despedi da flor presa no meu vidro da frente, que cuidou de ficar lá comigo por duas horas, até a nova chuva.

Que choveu na hora certa o suficiente pra preparar o mato daqui de casa, que se perfumasse com aquele cheiro molhado e verde dos serenos...

Serenidade em hora tão irônica e mais bem-vinda.

novembro 2010



Esse texto não é meu ele é de Layla el Mouallem, uma amiga da Santa Casa.

domingo, 20 de novembro de 2011

INSÔNIA

Eu sempre quis escrever alguma coisa a respeito da insônia.
E nada melhor do que escrever sobre "ela" quando se está sob o seu domínio...
A gente pensa cada coisa, na infinidade de coisas a serem realizadas, na finitude de tudo, no tédio que será o passar das horas até que o sol venha nos salvar...
... Dá pra entender as dores de cornos, pra ouvir todas as músicas bregas, pra ler as notícias inúteis.
Na verdade a insônia é o momento do tempo em que temos mais tempo. 
Então por que não aproveitar? Vamos fazer coisas, vamos ler, vamos ouvir música! Pra quem não tem tempo, a insônia é uma bênção.
Agora, com licença que tenho de ouvir o novo cd da Banda Calypso!

sábado, 12 de novembro de 2011

Memorando no. 1 Efeito Tostines

Prezados,(diz a regra gramatical que prevalece o masculino quando há destinatários dos dois (???)sexos)

Pela presente encaminho o Memorando no. 1 para sua análise e apreciação.

Não sei se as mulheres desse blog escrevem coisas engraçadas por se submeterem às situações que fazem emergir as pérolas naturalmente ou se estão a se submeter às situações narradas para ter assunto para escrever.
Fato é que as mulheres que escrevem nesse blog são bem mais engraçadas do que eu e os demais ogros que postam por aqui...
Antes que alguém pergunte já respondo: Não, não vou fazer massagem modeladora para incrementar minha verve humorística.

Sem mais para o momento.

Atenciosamente,

Loopy

Censura

A maior censura é aquela que fazemos a nós mesmos.
Não estou falando de atos ou atitudes que tomamos como respeito a liberdade individual de cada um, isso se chama civilização.
A auto censura acontece quando deixamos de dizer, de fazer alguma coisa socialmente aceitável porque achamos que isso irá atingir de certa forma a alguém. O grande problema é quando nos censuramos e a pessoa alvo não dá a mínima pra isso, ou o que é pior, quando ela vira e faz contigo algo muito pior do que aquilo que você em sua prevenção auto crítica bloqueou.
Explico com um exemplo:

Sua namorada vai a uma viagem de trabalho, seus amigos te convidam pra uma choperia pra assistir ao jogo do seu time, Você pensa não falei nada com minha namorada, o celular dela está fora de área, não tem como avisar, vou ficar em casa para evitar que ela se entristeça comigo. Então no dia seguinte você entra na internet pra passar o tempo e vê um post no facebook de uma amiga de trabalho de sua namorada as fotos de um luau muito louco numa praia deserta, e quem é aquela pessoa conhecida no colo de 5 marmanjos????

Essa censura auto imposta ao longo dos anos se transforma em uma prisão, dados os limites imaginários que vamos criando.
Imagino quantos sorrisos deixei de dar, de quantas alegrias fui privado, quantas lagrimas eu teria derramado, quanto eu teria vivido sem essas barreiras. A vida é um acumulo de emoções ímpares e díspares, ao evitarmos o preto e o branco, vivemos numa faixa de cinza, vidas iguais do socialmente aceitável como todas as outras pessoas.
Somos prisioneiros de nós mesmos, não existe carrasco maior que nossa consciência, esse Grande Irmão que nos acompanha até durante o sono, ou na falta dele...

sábado, 5 de novembro de 2011

MASSAGEM MODELADORA - A PEDIDOS - por Daniela Rosenthal

Pois é... esses dias fui pega por uma promoção na net dessas que só alguém muito insone pra adquirir.
A proposta era bacana. Massagem modeladora e manthus. Como era inverno eu associei o seguinte: massagem...hum que delícia...com manthus? Lógico! Manthus-manta-cobertor-BINGO! Is we! É nóis! Comprei pra mim e pra minha mãe de presente. 
Na empolgação do momento, nem olhei onde era a casa das massagens. Quando imprimi o voucher PUATZ! Ai sim Daniela. Vá! Vá vê!
Bom, como era inverno resolvi marcar então as minhas três sessões. Sim, eram três. T-R-Ê-S. Mas claro que não tinha nenhum horário pra antes de 2 meses. Foi quando tive a brilhante idéia de prender o nariz com os dedos em formato de pregador e ligar novamente.
Tinha horário pra ontem. Foi só não mencionar que a compra era de um site de desconto.
Dãrddãrd... Após várias tentativas de conciliação de horários com minha mãe, até que enfim chegou o grande dia do tão merecido repouso.
Chegamos lá, o lá era pra lá mesmo! Lá onde Judas perdeu uma dar botas. A segunda provavelmente. Comecei pelo manthus. Carai véi, que porra é essa? Uma máquina de dar eletrochoques no lugar em que você desejar, segundo te pergunta a controladora do equipamento. Ah sim, e lembra o que eu falei sobre o friozinho totoso? Queridos, era do gel! de arrepiar até os pelos da alma de qualquer pessoa de boa fé ou não.
Escolhi então, para a aplicação do manthus, a bunda! conforme conselho da minha orientadora, a mesma! a que tava no poder.
Começamos então numa velocidade estonteante e romanesca. Mas segundo minha orientadora, menos que isso de nada iria adiantar... os choques na bunda.
Legal! Passando essa sensação era chegada a grande hora. A massagem modeladora!
Encontrei com minha mãe na troca de turno e ela me deu uma piscada que eu não entendi direito se significava "calma filha, vc ainda não viu nada, ou cuidado, ou eu to adorando valeu".
Bom, fui pra massagem. Só aí me dei conta que modeladora e relaxante São 2 palavrinhas bem diferentes. Lembrei num primeiro momento daquele comercial que o cara vai batendo o carro por todos os lados até deixar o mesmo na forma do carro que ele queria ter.
No meu caso acho que a sra massagista queria me deixar roxa.
Agüentei firme e acabando todo o primeiro dia de pacote fui me olhar no espelho e vejam só vocês. Num é que funcionou mesmo? Me transformaram, ou melhor, me modelaram mesmo.
Sai de lá na forma de um vaso. Bem gordo.
Bom, sem desanimar, lembrei que talvez as próximas 2 sessões do pacote seriam pra deixar o vaso
mais fino um pouco.
Passados alguns meses estou eu aqui de novo. Agora sem forma nenhuma, mas...segundo a piscadela da minha mãe, com conteúdo.

MAS SERÁ QUE ELES AINDA ESTÃO VIVOS?

Hoje fui ao shopping passear.
Não é o meu programa favorito, mas fui... comi, bebi, olhei as lojas, comprei, comprei e comprei...
No fim da tarde, já cansada, e passando pela última caixa registradora, olhei para minha irmã que me acompanhava, e subitamente me lembrei de que havia deixado meus cachorros em casa, sem ao menos uma luzinha acesa.
Fiquei naturalmente preocupada e iniciei uma conversa com minha irmã ao pé do caixa, dizendo que era melhor voltarmos para casa, pois eu havia deixado as "crianças" sozinhas. É claro que eu estava me referindo aos nossos cachorros, mas à menção de "crianças" e "sozinhas", a mocinha que estava no caixa imediatamente nos olhou, e fez uma cara de reprovação.
Aí olhei para minha irmã e falei que era um absurdo deixarmos as crianças sozinhas o dia inteiro, sem comida e sem luz... Minha irmã, que não perdeu a deixa, já emendou: será que elas estão bem, uma de dez e Pedro apenas com 6 anos (Pedro é o cachorro da minha irmã - isso mesmo: ele se chama Pedro!). Quanto mais desenvolvíamos a conversa, mais a mocinha do caixa parecia desaprovar, interessadamente no assunto. 
Foi aí que me ocorreu a pérola e eu falei: MAS SERÁ QUE ELES ESTÃO VIVOS???
A moça estupefata ficou sem fala. E posso jurar que a vi anotando a placa do nosso carro ao sairmos de lá!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

MEU QUERIDO DIÁRIO - por Daniela Rosenthal

"Meu querido diário,
hoje eu passei por um stress maravilhoso.
O dia passou feito noite estrelada. Estrelas de fazerem cair seu queixo.
Tenho tantas novidades que nem sei por onde começar.
É diário, tem dia que é noite. Daí a noite vira dia, e por aí vai não é
mesmo meu querido?
E assim vamos vivendo, e escrevendo em você pq o soninho demooora a chegar.

Mas você, ah voce é feliz.

Não tem contas pra pagar (fui eu quem pagou por você. Lembra?), não tem celular, não sente raiva nem dó de ninguém. Totalmente alienado. Isso é ótimo não é mesmo bem? Claro que hoje quando digo caderninho, me refiro a um diário eletrônico, ou melhor ainda, a um celular. Sim, pra quem não sabe, agora o diário virou celular.
Pq hj nós temos no mercado: smartphone, iphone, vc, são tantos fones né meu amor?
Que bom, pq senão jamais descarregaria essas palavras a respeito do meu dia.
Então...é isso aí.
Durma bem querido.
Amanhã volto pra te contar sobre o novo dia.
É! Para toda noite há sempre um amanhecer, quer dizer, nem sempre né???
A noite é um feto. E aí ó! Ouviu?
Vai chover e justamente hoje é sábado.
Legal né diarinhuuu!"