quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Estereótipos em quatro rodas...

Muitos carros ainda circulam com adesivos que identificam suas famílias, a despeito das recomendações das polícias, e também a despeito de tantos golpistas por aí. Interessante observar as mais diferentes famílias, algumas constituídas por pai, sem mãe, e numerosa prole. A maioria destaca, além das crianças e adolescentes, o cachorro, um ou vários, e o gato. Às vezes o passarinho, às vezes o aquário.
Nesta manhã, durante o percurso razoavelmente longo entre minha casa e meu trabalho, segui atrás de um carro que exibia os ditos adesivos. Três crianças: um garoto negro e duas garotinhas brancas. Dois cães, um claro, um escuro. Chamava à atenção as roupas das crianças, já que os adesivos eram coloridos. As garotas, de vestidinho rosa, como dita o figurino tradicional. O menino, de camiseta amarela e calção azul, clara alusão ao uniforme da seleção de futebol.
Ainda que garotos habitualmente vibrem com o futebol, convenhamos, a seleção brasileira não está lá com a bola toda. E por que ele não estava vestido de azul, a cor padronizada para o sexo masculino? Ou calção branco e camiseta vermelha, por exemplo? Será possível que, por ser negro, só lhe reste o futebol?
Quiçá não seja eu a preconceituosa, mas uniformes, temos vários e mais interessantes (exceto é claro, se a questão envolvida for o salário), bombeiro, policial, médico, astronauta. Jogador de futebol, francamente...

sábado, 22 de outubro de 2011

PALAVRINHA COM D'US... - por Daniela Rosenthal

Hoje fiz uma coisa que há muito tempo
não fazia.


Conversei com D'us!


Falei sobre
coisas que até Ele duvida.
Não tive coragem de pedir nada material.
Apenas pedi proteção para algumas pendências
que não me deixam dormir...
Nem são pra mim, quer dizer, indiretamente são.
Uma das coisas que pedi foi proteção aos dentes
de uma prima. É que sou eu que trato deles mas
esses dentes assim como minha prima estão numa fase meio rebelde e confesso que vou dormir já
pensando na hora
que eles vão me ligar de manhã...
Outro assunto que abordei foi uma relaxada em meus tocs.
Um deles por exemplo, é esse de eu tornar pública
essa conversa que era só entre mim e Ele.
Mas daí lembrei da música do Gilberto Gil, e pensei... se ele descreveu toda sua maneira de se dirigir
à Ele, e está bem, creio que não vai acontecer nada comigo.
Talvez realmente não vai acontecer "nada, nada,nada, nada...
do que eu desejava encontrar", mas se os dentes da minha prima, o vazamento em
meu consultório novo, a minha gordura e algumas outras porradas de merdas que
me assombram ultimamente não me deixarem em paz, aí vou
ficar com um toc desgraçado porque vou ter
certeza que o motivo foi o vazamento de informações
sobre esse meu particular com Ele, conversa essa que era pra ser somente entre mim
e Ele. Me perdoa D'us? É que eu precisava externar
essa minha palavrinha com o Senhor com mais alguém.
Me perdoa tá?
Ah! Queria agradecer por me ouvir.

Sei que não deve ser nada fácil para alguém com
tantas vidas pra cuidar, sentar e ouvir
uma pessoa que jamais deveria reclamar de nada.
Mas é que é a minha prima sabe...
acho que vais compreender.
Lembrando só daquele último detalhe,
não me passe na frente dos animais hein?
Prefiro que resolva os probleminhas deles antes, lógico.
Eu disse que eu prefiro? Aiai, quem sou eu pra preferir alguma coisa
diante de Ti...
Desculpe D'us.
Fui!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Reescrevendo a história

Hoje à tarde tive uma discussão interessante com minha cara-metade. Polêmico que é, afirmou que Steve Jobs nada tinha de genial, era tão somente o chefe que usurpava o trabalho alheio. Uma vez afirmou categoricamente que o Aleijadinho não poderia ter produzido todas aquelas preciosidades, talvez fosse o mentor da oficina. Estejamos de acordo ou não, ele é bastante ácido e contumaz, além de algo sui generis.
O que realmente importa é que geralmente ele tem razão. Por exemplo, ainda há alguém a acreditar que D. Pedro realmente escreveu o Hino à Independência? Ora, pois pois...
Fosse D. Pedro II, este intelectual, isto seria plausível. Mas o primeiro, francamente... Então me ocorreu que D. Leopoldina talvez o tivesse feito. Leopoldina era filha da Casa de Habsburgo, uma das mais antigas dinastias européias. Nobre que era, oriunda do Império Austro-Húngaro, criada sob o teto majestoso do palácio de
Schönbrunn, amava a botânica e mineralogia, características não muito comuns à casa de Pedro de Alcântara, com quem (certamente) se casou por procuração.
Erudita que era, cansou-se logo das terras a que veio com o marido. Um tédio só. Profundamente educada, escreveu várias cartas de conhecimento público. E não foi só isso. Sem ter o que fazer, apoiou o marido como Imperador do Brasil, conquista mais do que esquisita, já que ele acabaria também com o trono de Portugal como D. Pedro IV.
Então ela o compôs! Bem verdade que adorava o marido. Até o dia em que, farta de suas estripulias conjugais, ameaçou requerer os créditos ao hino. O nobre imperador não suportou a iminência de traição e, num golpe premeditado, planejou o cabo da esposa enquanto se situava no sul do país a pretexto de inspecionar tropas, em razão da guerra da Cisplatina.
Tudo o mais é história
.

domingo, 16 de outubro de 2011

PASSARINHOS RADIOATIVOS

Mais um dia de chuva... e bem no domingo!
Pensando com mais profundidade até que isso não é tão ruim, já que a chuva é uma bela desculpa para não fazer absolutamente nada e ficar em casa sem o menor peso na consciência. Afinal de contas, está chovendo! e muito!!
Bom, depois de ler quase todas as pendências bibliográficas que me aguardavam na cabeceira da minha cama e de explicar ao meu cachorro, em um bom e claro português, que ele não pode sair porque está chovendo... (sim, porque um dia resgatei com minha irmã um cachorro perdido que só falava francês!, o que viemos a descobrir com muito custo. Após esgotarmos todo o nosso vocabulário canino, um conhecido do cachorro veio nos dizer com a maior naturalidade do mundo: "mas esse cachorro é do fulano de tal" - um francês! e com umas poucas palavras de um tosco francês finalmente nos entendemos com o rottweiler e o devolvemos ao seu dono)... mas, voltando...
Após usar toda minha psicologia para convencer meu cachorro de que não íamos sair, resolvi encarar um pouco do ar frio desta manhã e observar os passarinhos radioativos que habitam o meu quintal. Foi muito difícil ligar os bicos verdes-neon destas criaturas ao pé de abacate que ocupa uma área considerável do nosso pequeno quintal. Ninguém botou muita fé no carocinho de abacate com folhas, tão bonitinho há 12 anos, e fomos deixando ele ficar no meio do quintal até quando já era tarde demais. Hoje em dia, na época da colheita, recebemos as visitas aqui em casa com aquela roupa de motocross, de capacete e tudo. A abacateira tepeêmica furiosamente ataca a todos lançando abacates tão pesados quanto verdadeiras bolas de boliche, por sobre nossas cabeças. Ainda bem que todos os bichos que habitam nosso quintal estão habituados ao comportamento instintivo desta bonita árvore... nunca tivemos, com exceção de um visitante desavisado, nenhuma baixa!
E agora estou aqui... com meu cachorro boxer, observando passarinhos radioativos no nosso quintal... 
A chuva apertou, os livros se consumiram em leitura e os bicos verdes dos passarinhos me fazem viajar para outros mundos onde criaturas devem nascer realmente desta cor...
Ah! E acabaram de ligar do hospital para informar que nosso amigo - aquele da abacatada na cabeça - está de alta! Que alegria!!

sábado, 8 de outubro de 2011

O MAIS NOVO SITE DE RELACIONAMENTOS

Reunião de mulheres sempre resvala sobre o mesmo batido e resignado assunto: homens.
Pois é. Ontem estávamos conversando, eu, minha irmã e mais algumas mulheres das faixas etárias mais variadas, quando o assunto resvalou para o óbvio.
E dentro deste óbvio, os sites de relacionamento não poderiam ficar de fora. Vocês vão pensar que eu mantenho esta idéia fixa - sites de relaciionameeeeennnnttttooooosssss... Mas não é verdade. Não tenho sonhado com isso. O problema é que como fonte inesgotável de recursos literários para este blog, não posso deixar de mencionar este assunto porque ele sempre rende boas risadas.
Bom, após colocar na mesa algumas de nossas bizarras experiências com relacionamentos virtuais, resolvemos por fim criar nosso próprio site de relacionamentos: o www.merdsinthebosts.com - valeu Mary!
Acredito piamente que será um sucesso! E no momento estou aceitando sugestões para propagandas!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

EU E A SURVIVOR...

É chegado o grande dia.
Após meses de sofrimento reprimido, finalmente DESPEDI A GREGA!
Não pensem vocês que foi fácil. No fundo, mas bem lá no fundo, eu até que gostava dela. Tirando a parte profissional, era uma boa pessoa, honesta. Um dia deixei 4 bolachinhas de chocolate para comer após o trabalho. Cheguei em casa com o pensamento focado nas bolachinhas - até os botões do elevador assumiram formas de bolachinhas de chocolate. Fui sedenta ao pote e, qual não foi minha surpresa ao abri-lo: v a z i o!!!! Como só a grega havia habitado meu apartamento naquela semana, liguei babando e cuspindo fogo para o celular dela às 20 hs, muito além de terminado seu turno aqui em casa (turno este originário de criação da própria grega, que ia aproximadamente das 11:00 às 12:30 hs! Turnão!). E ela atendeu! E eu gostaria aqui de descrever minha cara de estupefata ao receber a resposta para a seguinte pergunta: C A D Ê  A  M I N H A  B O L A C H A?? Desse jeito mesmo, pausadamente, para não perder a calma e iniciar uma crise histérica. No que ela, com a maior naturalidade respondeu: "eu comi". Coitada, chegou às 11, quase na hora do almoço, e comeu A MINHA JANTA composta por 4 (quatro!!) bolachinhas. Que fofa!
É... ela era no mínimo honesta.
Mas a gota d'água foi semana passada, quando ela resolveu lavar todas as roupas de cama lá de casa sem a mínima necessidade. Detalhe: ela só lava, NÃO PASSA. Adivinha quem passa??? Rá!!
E aí, semana passada, ao chegar em casa e visualizar toda aquela roupa amassada, meu aspirador de pó quebrado (aspirador ruim! não aguentou nem a aspiraçãozinha de uns rebocos da obra aqui do prédio que caíram no meu quintal... segundo a grega: "nada demais")... bom, somente aí, foi que eu desenvolvi uma estranha Síndrome de Tourette. Eu estava lá, quietinha, e de repente minhas memórias samotrácias me faziam gritar os mais horrendos palavrões!
Achei melhor mandar a grega embora... até sinto falta dela, mas melhorei da Síndrome. To ótima!
Agora estou em casa, só eu a Survivor, a minha planta.
Já que não posso ter cachorros, tenho a Survivor, que resistiu à reforma aqui do apartamento, à grega, e segue firme e forte, às vezes com mais, outras vezes com menos folhas. Ela é feia, mas é uma vencedora... highlander! E eu admiro esse poder de vencer que reside nela.
Até o momento não temos nenhuma grega em foco para substituir a antiga... somos só nós duas, eu e a Survivor!
Por ora, melhor assim.