domingo, 29 de maio de 2011

Enquanto isso, no vestiário da academia...

Poderia passar uma semana no vestiário feminino, só para observar. O diálogo do dia foi sobre algo assim, emagrecer “do nada”. A beldade tinha perdido vários quilos, sem dieta, nada de exercício (o que ela fazia lá?)... seria doença? Depressão, término de namoro, novo amor? Não!? Então, tá...
Felizmente a moda do “radinho” não veio para ficar. Deitada de costas, ocupando dois terços do banco do vestiário, a garota contava, em alto e bom som, as desventuras eróticas do fim de semana para a amiga. Algo assim, a química não bateu. E ele nem pra ligar no dia seguinte. Que canalha!
Por falar em banco do vestiário, que tal desprezarem as toalhinhas usadas no cesto quase em frente? Que coisa horrorosa, deixarem aquelas coisas suadas em cima do banco. Quase tão nojento quanto colocarem seus tênis outrora brancos sobre nossos assentos. Fico a perguntar como encontraria a chaise longue no living das ditas cujas...
Agora é a vez da sensual. Lentamente, abre a sacola de grife, retira o top justíssimo (melhor não comentar, mas achata o silicone), os shorts curtíssimos, nada de regata e, ao se despir, olha-se demoradamente no espelho. O corpo todo. Sorve tudo o que vê. Uma de nós pensaria certamente em narcisismo, mas não. O mais provável é que tenha lido em alguma revista feminina sobre como é importante achar-se sexy. Então ela se veste, lentamente, dá um sorriso, retoca o batom, usa o splash da Victoria Secret e parte para o ataque, literalmente.
Neste momento entra a mamãe com o garotinho. Uns cinco anos. Várias mulheres em trajes menores, ou até sem nada, recém-saídas do banho. O moleque não desgruda da mamãe. A mamãe não demonstra a mínima pressa em sair de lá, mesmo com o olhar constrangido da senhora que pratica Pilates e já está em cima da hora. A mamãe afinal tem o direito de passear com o rebento. A senhora também tem o direito de exercer seu recato.
E essa agora! A cheinha abriu a mochila e sacou de lá um Big Mac! Bem que eu desconfiava, nunca a vi num aparelho ou numa aula. Ela está sempre lá, na azaração! Comendo no vestiário, pra ninguém ver.

terça-feira, 24 de maio de 2011

OLHA ELES DE NOVO AÍ GENTE!!!

Eles são poucos, a maioria restrita ao seu próprio território e quase ninguém no mundo conhece um... sim, estou falando dos islandeses! Estes gênios do marketing mundial.
Quando pensamos que já vimos de tudo em matéria de publicidade, vem um islandês de nome impronunciável, que coloca nos seus vulcões outro nome pior ainda e de repente, usando toda a força da natureza a seu favor, interrompe a vida de milhares de cidadãos europeus explodindo os céus da Europa.
Genial não?!!
O lance de marketing, a grande jogada está nos noticiários. Acontece que para dar a notícia da fumaceira há a necessidade premente de um cidadão islandês de corpo presente - vai tentar pronunciar o nome do vulcão sozinho... Vai e fica. Porque o transmissor da notícia sempre corre o risco de falar alguma besteira por erro de pronúncia e falar besteira em cadeia nacional não é bacana, nem em islandês!
Há quase 1 ano, quando houve a explosão daquele outro vulcão na Islândia eu já havia levantado essa bola: http://depoiseagora.blogspot.com/2010/05/islandias-revenge.html. Porém, nunca poderia supor que eles atacariam de novo - os islandeses.
Que povo! Que jogada de marketing! Viva os islandeses os gênios da publicidade moderna!
E só para terminar, ainda está valendo aquele ranking social. Quer saber o quanto você é sociável? Me diz então quantos islandeses têm no seu FaceBook! Hein hein? Num país com pouco mais de 300 mil habitantes, conhecer um islandês já é motivo para celebrações. Mas há uma ressalva: NÃO VALE CITAR A BJORK!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Índice de aprovação

Altos e baixos de governos.
George W. Bush obteve um aumento considerável do índice de aprovação ao capturar Saddam Hussein, numa busca sangrenta que envolveu milhares de norte-americanos. No entanto, o déficit fiscal referente ao primeiro mandato, às acusações de invasão inapropriada do Iraque e a queda na especulação imobiliária certamente foram mandatórias para que ele não fizesse seu sucessor.
Barack Obama, com a economia sofrível, e críticas contumazes à sua política externa, conseguiu um momento recente de felicidade aprobatória ao eliminar Osama Bin Laden. Diz a oposição, os republicanos, que esta felicidade será passageira.
A presidente fabricada da Argentina, Cristina Kirchner, estava em maus lençóis, tanto pelo descontrole da inflação, quanto pela questão segurança pública, e desgastes com os vizinhos ruralistas. O aumento da popularidade da cretina foi relacionado com a morte do ex-presidente - e seu marido - Néstor Kirchner. Quando Néstor morreu, Cristina se preparava para voltar a ocupar o cargo de primeira dama, já que as especulações indicavam a candidatura do ex-presidente. Esta teve mais sorte: nem precisou pegar em armas, ou ordenar que o fizessem.
Bem recente é a subida, ainda que sutil, de Nicolás Sarkozy, graças à gestação anunciada de sua bela primeira-dama. Somada à prisão do todo-poderoso Dominique Strauss-Kanh, sua candidatura à reeleição pode deixar de ser considerada aberrante. Ainda ganha pontos Marine Le Pen. Isto é a França, isto é o ocidente.
Lula da Silva, o gênio da política e da politicagem brasileira, conquistou a população tupiniquim ao anunciar a Copa do mundo de futebol em 2007. A fim de evitar críticas ao seu orçamento superfaturado, alegou de forma veemente que o dinheiro empregado sairia dos cofres da iniciativa privada, sem um único tostão de verbas públicas. Mentiu, de novo. E manteve seus índices, graças à população que não vê problema em dizer “nós pega os peixe”.
Madame Dilma não foi premiada, até o momento, com sangue, viuvez ou bebê a bordo. E, muito provável, não o será. No entanto, a briga recém-adquirida com a vizinha cretina pode trazer bons frutos. Longe de criticar los hermanos, foi bastante apropriada a medida que dificulta a importação de carros, dada a dificuldade ou impedimento de entrada no país fronteiriço de produtos verde-amarelos, sejam alimentos, têxteis, eletrodomésticos e até bidês (alguém ainda compra bidê?). Chama a atenção a primeira visita de Dilma Roussef a um país estrangeiro, justamente Argentina, em janeiro passado. De lá para cá, as relações comerciais entre os dois países naufragam, como um casamento. Qual seria a intenção da vizinha? Definitivamente, por falar em casamento, Dilma não precisa seguir ao pé da letra a nova legislação, também aceita no país da cretina, para alavancar popularidade. Não, Dilma, a Cretina, não.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

BONS PROFISSIONAIS... COMO JULGAR?

O mundo carece de bons profissionais. As pessoas tem que ser boas no que fazem.
Já pensou se Bizet tivesse uma Carmen desafinada? Talvez ela nem chegasse ao II ato com vida. Dom José provavelmente a mataria antes de ela tentar o golpe de sedução junto aos ramparts de Séville. Ou quem sabe Escamillo a atiraria aos touros...
Na minha concepção ela não sairia viva da Habanera. "L'amour est un oiseau rebelle"...
Mas às vezes aparências enganam e muito. Temos que levar em consideração todas as variáveis antes de julgar o profissional em questão.
Por exemplo: recentemente deduzi que minha empregada é genuinamente grega! E empregada 'grega' tem de ser um assunto à parte. Como é bom ter uma empregada feliz. Ela tem descendência direta dos deuses do Olimpo, tenho certeza! Todos os dias ao terminar o serviço ela quebra alguma coisa: pratos, vasos... outro dia foi meu joguinho de porcelana do banheiro. Quanta felicidade!
Como posso eu, uma mísera alma, interferir num costume ancestral? Como, meu Deus?!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Brasília (já nasceu polêmica)

Brasília foi construída em ritmo acelerado, durante mais ou menos um mandato presidencial. Possam perdoar-me os fãs de Niemeyer, mas aquela idéia pseudo-democrática de edifícios funcionais públicos e compartilhados... entendo que suas posições stalinistas, que mais tarde lhe renderam um auto-exílio, influenciaram a construção de tais monstruosidades inestéticas.
A propósito, os edifícios com funções similares em Berlim lembram muito os de Niemeyer, um pouco mais antigos. Aquela coisa nada harmônica em concreto. Vale lembrar que a primeira viagem de nosso arquiteto-patrimônio histórico-cultural nacional à Europa incluiu Alemanha e União Soviética, e não por acaso... Alemanha, Europa Central, Rússia, Le Corbusier.
A comparação pode parecer esdrúxula. Berlim é uma cidade moderna, contemporânea, reconstruída no pós-guerra com a preservação de seu patrimônio histórico, sua arquitetura antiga e... um pouco estragada pelas tintas do socialismo. Afinal, era a capital da República “Democrática” da Alemanha.
De volta ao Brasil, a esplanada dos ministérios também não deixa barato. Quanto peso aquele amontoado de concretos. Nada que remeta ao arquiteto amante das curvas suaves, projetor da Catedral de Nossa Senhora Aparecida, na mesma Brasília.
Não dá para ser a unanimidade.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estômago Bicompartimentado

Descobri que existem estômagos divididos. Alguma coisa, em termos leigos, parecida com compartimentos, que são diferentes do estômago dos ruminantes. Apresentam suas próprias mazelas e podem, inclusive, adoecer quando não são devida e prontamente atendidos.
Depois do jantar, aflora a necessidade de uma sobremesa. Uma fruta, por que não? Uma fruta, também. Não há uma mera carência de doces, há desejo específico por chocolate. Pode ser uma barra simples, amarga, por favor, ou alguma coisa mais elaborada. Sacia-se a fome e no entanto o estômago auxiliar está lá, roncando, grunhindo, exigindo.
Antepasto, prato principal e...chocolate. Às vezes até ocorre a lembrança da celulite, mas o tal estômago compartimentado não se acalma enquanto não recebe seu quinhão.
Alguns dizem que é o cérebro: bobagem, esta necessidade é falsa, não é fisiológica. Outros culpam a cafeína. Vício mesmo, e da pior espécie (alguém já se esqueceu da celulite?). Eu, porém, garanto a teoria da bicompartimentação. Trata-se de uma evidência pois, não fosse assim, o apetite não seria seletivo, bastaria estancar a fome.
Se você, caro leitor, ainda está em dúvida, lembre-se de um princípio físico elementar: dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo. Ora, se o estômago está repleto, como poderia não somente pedir, mas exigir chocolate? É ele, o auxiliar, o dito cujo que às vezes clama por café. E é exatamente este o responsável pela salivação diante dos apelos alimentícios.
Direi a vocês o que a cirurgia bariátrica ainda não contou: o chamado estômago auxiliar é irredutível, não é passível de terapêutica nenhuma e odeia nutricionistas. Pouco está ligando para as anfepramonas. E, apesar da celulite, ele demonstra seu papel extraordinário sobre os receptores serotoninérgicos. Deixa o cérebro feliz como poucas coisas da vida são capazes.

domingo, 8 de maio de 2011

O POVO QUER CANTAR

As pessoas adoram cantar. É uma manifestação natural de quem está feliz, ou triste, nunca se sabe.
O fato é que todo mundo quer cantar.
Já reparou quando alguém chega com um violãozinho numa reunião social? O cara pode não tocar picas, mas todo mundo quer saber qual música que se conhece em comum para iniciar uma cantoria. Fica sempre aquela ansiedade do "você conhece essa? e aquela?" até que quando o cara é muito medíocre mesmo, o violão vira tamborzinho e o povo canta de qualquer jeito.
Cantar é normal, é só incitar, chegar com a idéia, que até mesmo os mais tímidos abraçam a causa - com ou sem acompanhamento.
E já reparou a atitude das pessoas que cantam em grupo? Por que elas sempre se abraçam para cantar? É uma peculiaridade do comportamento humano que sempre me fascinou. Basta alguém entoar um 'cantiquinho' para imediatamente se pendurar na primeira pessoa que chega perto e invariavelmente pegar algum objeto para servir de microfone. Um amigo outro dia se empolgou tanto na cantoria que pegou um espeto de picanha na churrascaria para fazer as vezes de microfone. Não fosse o golpe de esgrima que quase matou um outro comensal, o espetáculo teria sido perfeito! Bom, pelo menos o comportamento dele seguiu todos os preceitos básicos da cantoria amadora. É genético! Tá no nosso DNA. Só pode ser!
Para finalizar, sempre tem os que não cantam... estes por sua vez - e com uma regularidade assustadora! - elaboram coreografias coletivas, com passinhos comunitários, chamando os que ainda se mantém sedentários para uma atividade grupal... já reparou? Só pode ser genético!

HORÓSCOPO

Hoje peguei o jornal e abri na sessão do horóscopo. Há muito tempo eu não lia as previsões para o meu signo haja visto que não acredito nem um pouco em astrologia. O fato é que abri o jornal em uma cafeteria e o horóscopo estava grifado! Fico imaginando o que pode pensar alguém que g r i f a! o horóscopo? O que, meu Deus!!??
Aliás, por que os homens acham que o interesse por astrologia há de atrair mulheres?
É até engraçado isso... minha irmã entrou recentemente num site de relacionamentos onde as pessoas ficam expostas como num menu de restaurante, e me pergunto por que não fiquei surpresa quando alguns pretendentes perguntaram, tentando angariar alguma simpatia, qual é o signo dela? Teve um que até perguntou pelo ascendente? E fico novamente imaginando o que seria um ascendente... ignorância à parte, um ascendente dá margem à milhões de pensamentos impuros - há!
Um aviso aos imbecis de plantão: horóscopo e misticismo não atraem mulheres... e para finalizar cito Fernando Pessoa, que era um estudioso do misticismo e que pensava que "o misticismo é a forma mais complexa de ser efeminado e decadente". Alongo e atribuo à astrologia! Sem preconceitos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

De princesa a plebeia

Em tempos de revalorização da monarquia com casamentos reais, toda a pompa, circunstância e glamour envolvidos, convido-os a uma reflexão sobre o caminho inverso: de princesa a plebéia.
Na semana passada, assistimos, a maioria de nós não imunes a alguma reação, à boda do Príncipe William com a “plebéia” Catherine Middleton. Protocolos elaboradíssimos, cerimônia perfeita, chapéus interessantes e os noivos... felizes para sempre.
Bastaria um olhar mais atento para observar a diminuição da espontaneidade da princesa construída, agora repleta de títulos nobiliárquicos. O aceno no balcão do palácio, o beijo tímido, enfim, detalhes ínfimos, mas programados.
É consenso que uma bela cerimônia faz de qualquer jovem uma princesa por um dia. E depois da festa, o casal estará irremediavelmente diante das mazelas do dia-a-dia. Qualquer casal, independente de situação política, socioeconômica ou cultural. E é aqui que pondero sobre o caminho inverso.
A princesa Masako, do Japão, abandonou sua carreira diplomática, seu olhar brilhante, em prol do dever. Ganhou um casamento real, foi humilhada por não dar à luz um herdeiro (homem) – como se a determinação do sexo coubesse à mulher... e até hoje apresenta sinais de depressão.
Outra “plebéia”, Jacqueline Pascarl, teve seus dias de princesa na Malásia, tendo sido submetida a um protocolo digno de Império Austro-Húngaro, com algumas tintas de modernidade. Sua história está disponível em seus próprios relatos e o que ela obteve com o divórcio de seu riquíssimo príncipe foi alívio, sem deixar de considerar o sofrimento imposto com o seqüestro de seus dois filhos pelo próprio pai. Esta “princesa”, porém, teve depois de muitos anos, um final feliz como plebéia.
Às vezes o príncipe vira sapo... como na vida das mulheres comuns...