sábado, 27 de novembro de 2010

ATUALIZANDO PRÁTICAS CULTURAIS

Como no mundo digital, o mundo real tem de ser atualizado de vez em quando.
Com uma frequência incrível porém terrivelmente lentificada observamos as transformações sócio-culturais do nosso mundo real através dos tempos, não com uma certa vontade de ditar regras que pareceram esquecidas num processo de atualização de certa forma irresponsável.
Alguns atrasos foram certamente esquecidos enquando outros tem o péssimo hábito de se fazerem frequentemente lembrados às custas de não esquecermos certas tradições "culturais".
Ontem assisti na tv um programa que falava sobre medicina chinesa e doma bárbara de cavalos por certos povos na China que insistem em mater suas tradições culturais acessas, como se hoje em dia não houvesse outras formas de sacrificar um animal para consumo próprio ou outras formas de se domar um animal sem envolver a violência bárbara empregada há algumas centenas de anos.
Já que não podemos esquecer a medicina chinesa e o modo bárbaro como os praticantes desta ciência milenar obtém alguns medicamentos, como por exemplo extratos de origem animal, bem como os ignorantes que os consomem... por que não ressucitar a guilhotina? ou o enforcamento em praça pública?
São também expoentes culturais que caíram em desuso, mas que podem muito bem representar a cultura de um povo em determinado momento histórico, bem como a doma bárbara de cavalos ainda praticada por habitantes nômades da mongólia.
Resgatar o passado para incrementar e abastecer o futuro é notável, mas manter práticas ancestrais às custas de não perder ritos e tradições bárbaras e absurdas (e inúteis) é de uma ignorância sem igual, infelizmente com precedentes.
Aproveito para incluir aqui as ridículas manifestações de afeto adolescente, tradicionais e baratas, românticas e... ridículas. O romantismo acabou, veio o realismo e a época contemporânea onde após a adolescência não sobra espaço nem paciência e nem tolerância adulta que suporte qualquer tipo de manifestação imbecil elevando sentimentos torpes e superficiais que com certeza acabarão antes que possamos contabilizar os dias de glória.
Vamos atualizar e levar apenas as coisas boas. Que caiam em desuso e no esquecimento global tudo que leva ao empobrecimento da alma. Vestimentas de época e práticas ancestrais obsoletas devem ser lembradas sim, mas em filmes e obras literárias. Talvez num teatrinho quem sabe... deixa o vento levar.

Um comentário:

  1. Eu não passo nem perto de achar legal essas tradições que ainda cultivam maus tratos de animais, nem mesmo dor física em animais e seres humanos, em especial crianças,mas não posso deixar de reconhecer uma coisa.
    O avanço da civilização não é homogêneo porque as populações do mundo não são homogêneas...e esse é o grande mal da humanidade, ao invés de nos aproximarmos por nossas semelhanças, nos afastamos por nossas diferenças.
    Essa gente da China e da Mongólia maltrata animais e pratica uma medicina que utiliza uma farmacopéia bizarra, mas não mata mulheres apedrejadas.Por outro lado a medicina chinesa é em muitos aspectos interessante, em especial por tratar do indivíduo e não de doenças...ao contrário da medicina ocidental que se por um lado trouxe inacreditáveis avanços no diagnóstico e na cura de várias doenças, por outro lado não nos livrou de um monte de moléstias horríveis, para não falar naquilo que chamamos de psicossomático, sem saber exatamente como se opera.Não posso deixar de reconhecer valor em tudo.
    O que talvez seja pior do que tudo isso é esse voyeurismo estilo National Geografic do qual nós já falamos em outro momento, que invade lugares sem ser convidado e documenta pessoas, animais e coisas como atrações circenses.
    Quanto às manifestações de afeto adolescente não posso deixar de pensar no 1984 do Orwell de novo...a torto e a direito ele mencionava alguma pessoa simples cantarolando uma musica sentimental barata na qual as palavras já tinham perdido o sentindo...mas no nosso mundinho a indústria da música de dor de cotovelo movimenta alguns bilhões de dólares por ano e os shows de pagode e música sertaneja continuam lotados.
    Independentemente da música a presente geração adolescente é oca,mas com uma liberdade de extravasar a líbido que nós não tivemos... deveríamos sentir inveja disso? Não sei, mas excesso de liberdade acaba banalizando tudo...resulta que as manifestações "romanticas" são uma forma de apimentar o jogo e o comércio e os meios de comunicação se aproveitam das situações e ocupam esse vazio todo transformando
    aborrecentes em umas figuras um pouco mais patéticas do que já são.
    Nonsa que papo denso...tá faltando uma frase de efeito da Nana para acabar conosco...
    Sushi na terça??

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