domingo, 5 de julho de 2009

PRÓLOGO - outro texto sério!

Acho que passamos muitos dias da nossa vida nos lamentando, seja por coisas que não deram certo, por romances mal vividos ou mal acabados, por estresses momentâneos, que passados alguns meses são irrelevantes. Coisas tão passageiras que se concluem sem importância frente a essa vida plena, a essa saúde que temos para viver tão mais felizes.

A ansiedade é em grande parte a vilã. Se tivéssemos paciência de esperar, concluiríamos por conta própria a desimportância das nossas preocupações rotineiras, que nos estressam e nos fazem perecer de somatizações diversas.

Uma prova de que tudo isso é verdade: se escrevermos hoje tudo o que nos aflige, coisas que gostaríamos de dizer aos outros, honras que gostaríamos de lavar, situações que nos desagradam... e deixarmos essas anotações numa incubadora, veremos em dias ou meses, que reescreveríamos tudo de forma bem diferente. Cortaríamos diversas frases importantes hoje, mas que no futuro nos soariam ridículas. Coisas hoje da maior relevância tornam-se sem efeito, e estamos falando de um futuro muito próximo!!

Concluo então que escrevamos cartas de amor ou de ódio, mas que guardemos essas cartas por instantes contínuos. E se após a "incubação" ainda forem palavras de efeito, aí sim, valeram a pena serem escritas e veremos que nosso tempo não foi ridiculamente gasto.

Por outro lado, na maioria das vezes, após a incubação só atestaremos que gastamos nossa saúde a toa, pensando e repensando em inutilidades que tornam-se desimportantes assim que passado o momento.

Penso que quase tudo o que acontece em matéria de aborrecimentos torna-se sem importância em nossa vida, pois tendemos a lembrar coisas boas. Com a maioria das pessoas penso que é assim... os aborrecimentos tendem a ser menosprezados, desvalorizados, e o que era grande hoje fica reduzido a pó amanhã.

Não sei se devemos perdoar, mas com certeza não devemos guardar rancor, o que é por si só uma forma de perdão. Não é? E se pensarmos bem, as pessoas não guardam rancor. O rancor corrói a alma de quem o sente e não muda a vida dos causadores de todo o mal.

3 comentários:

  1. Pois Zé!
    Como diz nosso pai...canalize sua energia para coisas produtivas, mas que reverter a raivinha é totoso, ah isso é...

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  2. O rancor é a memória. Não podemos esquecer o mal. Só temos que controlá-lo para não prejudicar a nossa vida, o dia, as tarefas diárias. Temos que usá-lo para o ataque certeiro que destruirá o mal. Se o rancor é rápido e passageiro, o bem estar também. Então não viveremos? Aproveitem o bem e o mal. Good times and bad times, nehuma das duas dura. Canalizemos a energia para coisas produtivas e para a vingança gostosa.

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